Quem nasce no Alentejo...
“Quem
nasce no Alentejo arrisca-se a que certas coisas lhe corram no sangue.
Há
no Alentejo, mais profundo, uma consciência coletiva que faz com que as
tradições não sejam enraizadas mas simplesmente parte de cada um.
Quem
nasce no Alentejo, respira ao mesmo ritmo lento e compassado das estações do
ano.
Quem
aqui nasce, entende o significado particular do tempo que ajuda a saborear o
quotidiano com particular prazer.
Quem
nasce e cresce neste lugar sabe que o tempo contraria o relógio, que aqui tempo
é outra coisa.
No
Alentejo há uma espécie de poder que as cidades têm abafado pelo betão e pelo ruído
das pessoas.
Quem
nasce no Alentejo arrisca-se a que lhe corra no sangue uma particular
intensidade do sentir, aqui há fado e resignação dentro de cada um.
No
sangue de cada alentejano corre o pão de trigo, o vinho, as ervas aromáticas, o
porco preto, o azeite, o queijo e o mel.
Há
“o cante”, as modas, as poesias e a procissão do padeiro.
Quem
nasce no Alentejo, é Alentejano, respira Alentejo, sente Alentejo.”
Autor Desconhecido
Comentários
Enviar um comentário