O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - Elementos da narrativa: Tempo, Espaço, Narrador

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Ilustração de Carybé

Elementos da narrativa:


TEMPO. A história principal é narrada seguindo um tempo cronológico: as estações do ano. Simbolicamente, elas estão de acordo com os sentimentos das personagens principais. Na Primavera, o Gato e a Andorinha conhecem-se. No Verão, o Gato apercebe-se que está apaixonado pela Andorinha e fica com ciúmes, porque ela sai com o Rouxinol. No Outono, o Gato é discriminado pelas outras personagens, devido à má fama que tivera no passado (era mau, rabugento, perigoso, temido). Foi também durante esta estação que ele escreveu poemas apaixonados e nostálgicos, para a sua amada andorinha. O Inverno é caracterizado pela separação dos amantes e a tristeza, de certo modo, acompanha-os.

Entretanto, o narrador altera a ordem cronológica ao utilizar algumas analepses e prolepses, narrações abreviadas e explicativas. É o caso do “Capítulo inicial, atrasado e fora do lugar”. O próprio narrador informa que foi “por um erro de estrutura ou por moderna sabedoria literária”.


ESPAÇO. Há três tipos de espaço: físico, social e psicológico.

Espaço físico - O parque, onde as personagens se movem e vivem.

Espaço social - O Gato é um vagabundo que vive no parque, onde todos o temem. A Andorinha é uma jovem muito protegida pelos pais e pertence a uma classe social alta. Daí, tratar-se também de um amor impossível devido às suas diferenças sociais.

Espaço psicológico - O Gato Malhado vive uma experiência que lhe abre as portas para “um mundo de recordações, de doces momentos vividos, de lembranças alegres.” O gato sofre muito com a perda da sua andorinha amada, mas esse sofrimento fá-lo crescer interiormente.

 

NARRADOR. Presença - O narrador não participa da história, a sua narração é feita na 3.ª pessoa:

“A história que a Manhã contou ao Tempo para ganhar a rosa azul foi a do Gato Malhado e a Andorinha Sinhá; [...] Eu a transcrevo aqui por tê-la ouvido do ilustre Sapo Cururu [que contou o caso] para provar a irresponsabilidade do amigo [...].”


Texto capturado em 20 de agosto de 2021 de MyM: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (mym-pt.blogspot.com)





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