Mercado Caramelo (Pinhal Novo) - Sopa caramela


Mercado Caramelo (Pinhal Novo). A Sopa Caramela
11 de maio de 2019

Sopa caramela

“A origem desta sopa é atribuída às populações rurais que vinham da Beira Litoral em busca de trabalho, sobretudo para a zona de Rio Frio, a quem se dava o nome de “Caramelos”. A partir da segunda metade do século XIX, por necessidades de mão-de-obra permanente, os “Caramelos de ir e vir” passaram a “Caramelos de ficar”, tendo-se tornado rendeiros com casa e horta e fixado, sobretudo, na zona do Pinhal Novo, onde introduziram novos hábitos alimentares trazidos dos seus locais de origem. Vivendo com dificuldades económicas, a alimentação destas populações, embora consistente, baseava-se, sobretudo, em sopa feita com os produtos colhidos na horta – feijão, batata e couve – e, quem os tinha, com enchidos e carne da matança. Assim nasceu a Sopa Caramela. Inicialmente, era semelhante às sopas nortenhas de unto, mas, com o tempo e com um maior desafogo económico, esta sopa foi sendo enriquecida com mais ingredientes, tendo-se tornado num prato substancial, símbolo de uma comunidade que preserva as suas tradições e uma das principais referências gastronómicas da região.”


Receita da sopa caramela

Ingredientes
500 g de feijão catarino seco;
500 g de batata vermelha para cozer;
2 cabeças de nabo, com cerca de 600 g;
2 cebolas médias;
3 cenouras;
1 repolho;
1 couve-nabo e/ou portuguesa;
1 dente de alho;
1 chouriço de carne;
1 chouriço mouro;
300 g de toucinho entremeado, gordo;
500 g de ossos do espinhaço salgados;
500 g de massa cotovelinhos;
1 folha de louro;
Sal e azeite q.b.;
Coentros.

Preparação
De véspera, de 12 a 16 horas antes da confeção, salgam-se o toucinho e os ossos do espinhaço e demolha-se o feijão em água fria.
Coze-se o feijão com as carnes e os enchidos previamente cortados, durante cerca de 1h30, em lume brando.
Cortam-se grosseiramente os nabos e as couves.
Pica-se a cebola e o alho, lamina-se a cenoura em “meia-lua”, corta-se a batata em cubos pequenos e junta-se tudo ao feijão com a massa, a folha de louro e o azeite.
Deixa-se apurar durante mais 30 minutos.
Mexe-se vigorosamente no final, para libertar o amido da batata e da massa, de forma a homogeneizar o caldo cremoso que envolve os ingredientes.
Guarnece-se com os coentros.

Texto e receita publicados no Livro “Os Sabores da Nossa Terra” pela Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal (ADREPES)





Comentários

Mensagens populares