Beja - Arte Nova: A fachada de azulejos do nº 70 da Rua de Mértola

Painel de azulejos "O semeador" 

Painel de azulejos "O ceifeiro"
Painel de azulejos "O moinho"

Painel de azulejos "O deus Mercúrio"

Padrão de azulejos azuis e brancos

Beja - Fachada de azulejos do nº 70 da Rua de Mértola 
 Janeiro de 2014


Durante a primeira metade do século XX, o azulejo sofre um forte incremento e torna-se mesmo uma moda. É um exemplo disso a fachada de azulejos do nº 70 da Rua de Mértola em Beja.
Com efeito, a quebrar a cadência repetitiva de um padrão de azulejos azuis e brancos, o artista executou três painéis para a parte intermédia do edifício e um para a parte inferior.
São cenas rurais, mas de forte simbolismo, para uma região que era considerada o celeiro do país. A trilogia do semeador, do ceifeiro e do moinho – ciclo do pão e símbolo do trabalho e suor do homem – é complementada pela introdução de uma alegoria mitológica: O deus Mercúrio distribuindo moedas de oiro pela terra. Esta cena representa uma ideologia que via na agricultura a fonte de riqueza dos povos.
A obra está datada de 1936 e é assinada por A. Costa. António Costa, pintor de azulejos, foi orientador artístico da fábrica Lusitânia, onde os azulejos da Rua de Mértola fora fabricados.

Texto adaptado de:
MESTRE, Joaquim Figueira – BEJA. Olhares sobre a Cidade. 1.ª ed. Beja: Câmara Municipal de Beja, 1991.136 p.





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