Jantar de fim de ano num recanto acolhedor da cozinha - História da Açorda Alentejana
Jantar de fim de ano num recanto acolhedor da cozinha - Açorda de Poejos Alentejana
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História da
Açorda Alentejana
A etimologia do termo “açorda” remonta ao idioma
árabe. A forma clássica encontrada na literatura árabe é tharîd ou tharîda,
significando “pão migado e ensopado”. O termo português “açorda” provém, no
entanto, da forma dialetal do árabe andalusi, falado na Península Ibérica, thurda
/ çurda ou thorda / corda. Com a chegada dos muçulmanos à Península Ibérica
no início do século VIII, terá chegado também a açorda, quer entre os hábitos
culturais e gastronómicos dos árabes, quer mesmo como costume divulgado na
emulação do Profeta Maomé, na reprodução da simpatia dele pelo prato em causa
(Rei, 2016).
A açorda é
ainda hoje o prato de referência do Alentejo. Permite poupar recursos,
aproveitando o pão duro, cortado em fatias ou em cubos com uma faca, ou partido
à mão, conforme o gosto.
Fonte: DGADR, com base no livro Receitas e sabores dos
territórios rurais (MINHA TERRA – Federação Portuguesa de
Associações de Desenvolvimento Local, 2013), Carta Gastronómica do Alentejo -
Monumenta Transtaganae Gastronómica (Confraria Gastronómica do Alentejo, 2013)
e Rei, António (2016), A Açorda. Uma sopa de pão, da Alta Idade Média à
atualidade, IEM /FCSH – Universidade Nova de Lisboa.
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