Parque Natural da Arrábida: Convento de São Paulo (1383) - Casa de Fresco
Pormenor da Casa de Fresco, totalmente decorada de embrechados
Foram usados diversos tipos de conchas, desde as de amêijoa, brancas ou rosadas,
até às de ostra e às vieiras
Pormenor da fonte e do nicho
Pormenor dos embrechados
Parte da cúpula
Pormenor da cúpula
Pedras castanhas
Vidro verde fragmentado
Espaços dos vários pratos de porcelana chinesa que estavam embutidos na decoração de embrechados
Cacos de porcelana chinesa
Pormenor do arco exterior
Junto à entrada da Fonte Santa, mantêm-se restos do silhar de azulejos de figura avulsa joaninos
Azulejos de figura avulsa joaninos
Pormenores da Casa de Fresco do Antigo Convento de Nossa Senhora da Consolação de Frades da Ordem de São Paulo, de Alferrara - Convento de São Paulo (1383)
Visita guiada em 11 de Maio de 2014 no âmbito do 13º Curso sobre Ordens Militares
“Ao fundo da alameda de acesso à Fonte Santa, escavada na
encosta, deparamo-nos com a interessantíssima “casa de fresco” da Fonte Santa.
Segundo a tradição, recolhida por Almeida Carvalho,
apareceu uma imagem de Nossa Senhora da Luz sobre a fonte, tornando milagrosa a
sua água, na qual os devotos passaram a lavar-se para curar as sua doenças
(CARVALHO, 1969, p.64). Essa imagem estava colocada num nicho sobre a fonte,
dentro da Casa de Fresco, espaço em forma de gruta artificial totalmente
decorada de embrechados, a qual devia ser utilizada pelos eremitas paulistas
como local de meditação.
Apesar de tão arruinada, esta singular Casa de Fresco
chegou aos nossos dias conservando a maioria dos seus elementos decorativos,
com excepção dos vários pratos de porcelana chinesa que estavam embutidos na
decoração de embrechados, os quais foram roubados ou vandalizados, e dos
azulejos que decoravam o exterior e os dois bancos internos, arrancados de
maneira selvagem mas cujos restos, característicos da produção barroca joanina
seriada do segundo quartel do século XVIII, podem ajudar a datar este espaço
como sendo deste mesmo período.
Na decoração, foram usados diversos tipos de conchas,
desde as de amêijoa, brancas ou rosadas, até às de ostra e às vieiras de
maiores dimensões, combinadas com cacos de porcelana, vidro verde fragmentado,
jorra industrial negra e pedras castanhas. (…)”
Texto retirado de: SERRÃO, Vítor; MECO, José - Palmela histórico-artística - um inventário do património artístico concelhio. 1ª. ed. Lisboa/Palmela, Edições Colibri/Câmara Municipal de Palmela, 2007. p. 285
NOTA. Este convento já sofreu obras de sustentação, marcando assim o
início da intervenção no mesmo. As obras centraram-se na implantação de uma
estrutura de protecção das águas da chuva, consolidação da estrutura principal
do edifício e cobertura de paredes expostas aos elementos. Toda a envolvente
tem sido alvo de regulares intervenções ao nível da limpeza dos terrenos e
arranjo dos caminhos. As restantes intervenções necessárias estão dependentes
do levantamento topográfico e arquitectónico que está a ser efectuado. Com base
nestes levantamentos fundamentar-se-á a necessária intervenção neste edifício.
http://quinta.amrs.pt/conventos.html - arquivo
capturado em 20 de Maio de 2014
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