CASTRO DE CHIBANES - Visita de estudo em Maio de 2009: As muralhas







“Durante a II Idade do Ferro (sécs. IV/III - I a.C.) e o período proto-romano - também designado por "romano-republicano" - (sécs. II-I a.C.), a fortificação torna-se bastante mais complexa, contemplando muralhas, torres e baluartes, associada, por sua vez, a três bem definidas fases construtivas correspondentes a diferentes formas de organização do espaço edificado dentro do perímetro do castro.”



Troços de panos de muralha da fortificação calcolítica
CASTRO DE CHIBANES - Visita de estudo em Maio de 2009


“A mais antiga ocupação humana de Chibanes iniciou-se há cerca de 4.800 anos, durante a Idade do Cobre. As boas condições naturais de defesa foram reforçadas pela construção de uma verdadeira fortificação, com espessas e altas muralhas, guarnecidas por bastiões semicirculares.

A primeira grande fase da vida deste povoado desenvolveu-se até aos inícios da Idade do Bronze (há cerca de 4.000 anos) e assentou sobre uma economia agro-pecuária florescente, muito embora a prática da caça e da recoleção de moluscos marino-estuarinos esteja igualmente documentada. A metalurgia do cobre fez parte das actividades artesanais.

Após um período de abandono de cerca de 1.700 anos, o sítio de Chibanes viria de novo a ser utilizado como local de residência, graças às suas boas condições geoestratégicas, em períodos de grande instabilidade sócio-polítíca, como foram a II Idade do Ferro (sécs. III-II a.C.) e o período romano-republicano (sécs. II-I a.C.). A estas ocupações humanas correspondem, respetivamente, a construção de uma fortificação associada à urbanização do espaço intramuros, e a sua reformulação, sob influência itálica, nomeadamente através do acréscimo de estruturas "abaluartadas", no extremo ocidental do povoado. Registaram-se, ainda, vestígios de ocupação da Época Romana imperial, embora escassos e espacialmente confinados.”

Palavras do arqueólogo Carlos Tavares da Silva




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