Cestos em cana - Serpa (Alentejo)


Cestos em cana - Serpa (Alentejo)

De entre as diversas aplicações da cana, a principal reside na cestaria, podendo-se fabricar cestos das mais variadas formas, dimensões e utilidades.
O processo inicia-se junto dos canaviais, com a seleção e o corte da cana a utilizar no fabrico do cesto.
Segue-se a pelagem da cana e o seu rachamento em finas ripas. Para que estas se tornem mais moldáveis, o artesão procede à sua ripagem. Uma vez preparadas as ripas, o passo que se segue é o do fabrico do fundo do cesto, entrelaçando as ripas com as “mestras” (ripas de suporte que se cruzam no centro do cesto, no plano horizontal).
Terminado o fundo, o artesão dobra com cuidado as “mestras”, passando-as para o plano vertical e inicia a tecedura das paredes do cesto. Uma vez terminado o processo de entrelaçamento, são escolhidas duas ou mais mestras opostas para a realização da “asa” do cesto e as restantes são divididas ao meio, dobradas e introduzidas por entre a malha da tecedura.
Por último é aplicado um debrum em torno do bordo do cesto e respectiva “asa”, se for o caso, de modo a reforçar o cesto e evitar que as malhas entrelaçadas se desintegrem.
No que se refere às ferramentas utilizadas, são essencialmente duas e muito simples: uma lona, para colocar sobre a perna durante a ripagem da cana e um canivete ou podão, para colher e rachar a cana.





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