Ode ao Azeite
Ode ao
Azeite
A
oliveira
De volume
prateado,
Severa e
suas linhas,
Em seu
torcido coração terrestre:
As
graciosas azeitonas
Polidas
pelos dedos que fizeram
A pomba e
o caracol marinho:
Verdes,
inumeráveis,
Puríssimos
mamilos da natureza,
E ali nos
secos olivais
De onde
tão-somente o céu azul com cigarras,
E terra
dura existem,
Ali o
prodígio,
A cápsula
perfeita da oliva
Preenchendo
com suas constelações as folhagens,
Mais
tarde as vasilhas, o milagre,
O Azeite.
Pablo
Neruda
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